quarta-feira, 4 de novembro de 2009

A luta por um emprego: o que fazer?

  Carlos Araújo


Não há nada mais ilustrativo de uma situação de desamparo do que o desemprego. Os dias passam, as contas começam a vencer, e não há salário atual ou previsto no curto prazo para fazer frente às necessidades que se inpõem com força descomunal. O risco de cair no desânimo é iminente. E, se isto acontecer, o drama só tende a piorar. Então, o que fazer?










Num dos muitos telefonemas de um dia útil, um amigo que eu não via há muito tempo me ligou para pedir ajuda na luta por uma vaga no mercado de trabalho. Semanas antes, outro amigo havia me ligado fazendo o mesmo pedido, e notei que seu tom de voz refletia sofrimento. Outro dia, abri o e-mail e uma das mensagens era a de outro amigo solicitando vaga de trabalho. Todos os três tinham experiência profissional e bons currículos. Então, por que estavam desempregados? Há situações tão dramáticas que dispensam explicações sobre motivos, origens, processos. O que vale é a solução.










O amigo que me ligou disse que não sabia mais o que fazer. Estava naquela fase em que o desânimo é o pior inimigo. Eu gostaria de saber onde havia a vaga que ele procurava para determinar o fim dos seus problemas. Por enquanto, eu só tinha palavras para colaborar com ele. E foi com estas palavras que eu tentei ajudá-lo:










“Você tem duas alternativas: ficar chorando ou se levantar e sair à luta. Como chorar não vai levá-lo a lugar algum, a situação o obriga a lutar por um emprego. E de que forma? Dedique todo o horário comercial dos dias úteis, todos os dias, para a tarefa de buscar um emprego. Faça dessa rotina o seu trabalho. Fique atento a todas as possibilidades, desde os órgãos públicos que oferecem vagas até anúncios em jornal, agências, dicas de amigos. E tudo isso ao mesmo tempo, sem descanso, como se estivesse atirando para todos os lados. E esteja disposto até a trabalhar fora de sua cidade, se houver necessidade. Numa situação como essa, não há muito o que selecionar. Imagine-se em guerra e você tem a obrigação de vencer.

Às vezes a solução não está no emprego formal com carteira assinada. Dia desses, um eletricista começou a fazer serviços em residências. O número do celular nas portas do carro, ele vai aonde é chamado e resolve os problemas elétricos de muita gente. Com isso, está conseguindo pagar as contas.







Karl Marx, nos seus estudos sobre o mundo do trabalho, teria previsto esse tipo de saída?
























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