terça-feira, 14 de dezembro de 2010

As mulheres de Dilma

Primeira mulher a ser confirmada no novo governo, Miriam Belchior será a nova ministra do Planejamento, em substituição ao atual titular da pasta, Paulo Bernardo. Coordenadora do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), ela destacou-se na condução do projeto que se transformou em uma das principais bandeiras da campanha presidencial petista.
Senadora e ex-líder da bancada petista, Ideli Salvatti


foi confirmada no início de dezembro como ministra da Pesca do governo Dilma. Com formação em Física pela Universidade Federal do Paraná, militou em movimentos  de professores e acabou ganhando projeção ao integrar em várias ocasiões a direção do PT de Santa Catarina.  O primeiro cargo eletivo que conquistou foi o de deputada estadual, em 1994. Em 2002, tornou-se a primeira mulher a se eleger senadora pelo Estado de Santa Catarina.




Responsável por comandar a equipe de imprensa na campanha presidencial de Dilma e no governo de transição, a jornalista Helena Chagas ocupava até abril deste ano a diretoria de Jornalismo da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), criada durante o governo Lula. Confirmada no início do mês para substituir o ministro Franklin Martins na Secretaria de Comunicação Social (Secom), a nova titular da pasta trilhou boa parte de sua carreira na grande imprensa. Na televisão, Helena atuou no SBT e, antes disso, na Globo. Também comandou a sucursal do jornal O Globo em Brasília.
Representante do PT gaúcho, a deputada Maria do Rosário iniciou sua militância no PC do B. Escolhida para comandar a Secretaria de Direitos Humanos, ela assumiu em 2003 seu primeiro mandato na Câmara, posto para o qual se reelegeu em 2006. Ocupou várias posições na direção nacional do PT, assim como nas instâncias estadual e municipal da legenda. Em 2005, em meio à crise do mensalão, colocou-se como uma das candidatas à presidência nacional do partido pela corrente Movimento PT

Embora ainda não tenha sido anunciada oficialmente como uma das integrantes do primeiro escalão do novo governo, a deputada Iriny Lopes (PT-ES) já recebeu o convite da presidenta eleita Dilma Rousseff para comandar a Secretaria Especial de Políticas para Mulheres. Aos 54 anos, ela exerce atualmente seu terceiro mandato de deputada federal, cargo que conquistou pela primeira vez em 2002. Além de ter integrado o Conselho de Ética da Câmara, foi membro de CPIs como a do Banestado e das Escutas Telefônicas Clandestinas, da qual foi relatora. Indicada pelo PT
Outra integrante da lista de nomes que ainda aguardam confirmação, Maria Lucia Falcón foi convidada pela presidenta eleita para comandar a pasta do Desenvolvimento Agrário. Professora do departamento de Economia da Universidade Federal de Sergipe, Lúcia foi secretária de Planejamento do Estado, sendo responsável pela elaboração e coordenação das propostas das leis orçamentárias e do planejamento estratégico estadual. Ao longo de sua formação acadêmica, acumulou os títulos de especialização em Qualidade e Produtividade com Missão no Japão, mestrado em Economia pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e doutorado em Sociologia pela Universidade de Brasília (UnB).
De perfil técnico e com bom trânsito no setor, a atual ministra do Meio Ambiente é hoje a mais cotada para permanecer no cargo. Izabella Teixeira assumiu o comando da pasta em abril deste ano, em substituição ao então ministro Carlos Minc, que deixou o governo para disputar uma vaga de deputado no Rio de Janeiro. Nascida em Brasília, ela possui formação na área de Biologia. Ainda no que se refere a sua formação acadêmica, a ministra possui mestrado em Planejamento Energético e doutorado em Planejamento Ambiental pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Coordenadora de Projetos Estratégicos da Casa Civil, a Tereza Campelo tornou-se nos últimos dias a favorita para comandar o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. A pasta é considerada estratégica por abrigar o programa Bolsa Família, menina dos olhos do governo Lula na área social. Tereza é ligada ao PT gaúcho, assim como a própria presidenta eleita. Sua carreira foi construída em boa parte em administrações petistas no Rio Grande do Sul.  Economista formada pela Universidade Federal de Uberlândia, Tereza é casada com o também petista Paulo Ferreira, que comandou a Secretaria de Finanças do PT logo após a eclosão do escândalo do mensalão.