sábado, 24 de abril de 2010

Tancredo e a união nacional

Compreendeu que sua missão era, acima de tudo, conciliadora. Era preciso apaziguar uma nação em que o antagonismo político fora levado, não raras vezes, às vias de fato

Morto há 25 anos, naquela que foi considerada uma das maiores tragédias pessoais de toda a história política brasileira, Tancredo Neves (1910-1985) será lembrado eternamente por aquilo que não foi: o primeiro presidente civil a governar o país depois de quase 21 anos de regime militar.
A doença tirou Tancredo de cena na véspera da posse, impedindo-o de conduzir pessoalmente o processo de redemocratização que havia iniciado muito antes de vencer o candidato do governo, Paulo Maluf, no Colégio Eleitoral.
Entretanto, mesmo sem ter governado um único dia, o mineiro de São João del-Rei deixou uma herança fabulosa, ainda hoje pouco reconhecida em toda sua magnitude e importância, que foi justamente essa hábil costura das forças políticas e sociais pela qual se tornou possível sua vitória e, com ela, a abertura do Brasil para um regime de liberdade e democracia.

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