quinta-feira, 26 de novembro de 2009

televisão





Roberto Birindelli não tem muita experiência na tevê. Apesar disso, o ator já é veterano no cinema. E seu atual trabalho na tevê, como o Tucci de Poder Paralelo, já rendeu para o ator outro trabalho cinematográfico. Roberto será um torturador do DOI-CODI, o órgão de inteligência e repressão do regime militar brasileiro, no filme Apenas Rasuras. O longa tem direção de Ignácio Coqueiro e roteiro de Adriano Dicarvalho, respectivamente o diretor e o personagem Rodrigo da trama da Record. Quase todo o elenco do filme está envolvido com a novela. Mas, depois do Carnaval, já iniciamos, garante ele que, apesar de não aprovar as atitudes de seu personagem, o defende. Ele é como um jornalista do grupo Globo que é proibido de dar matérias positivas sobre a Record. Ele se vendeu por dinheiro ao sistema, compara. Além disso, Roberto está trabalhando na divulgação do longa argentino Para Quem Você Ligaria?, onde viveu o protagonista, um homem que precisa aprender a lidar com os problemas que vieram com a meia idade. Por conta desse filme, o diretor gostou do meu trabalho e já me convidou para fazer outro com ele, conta. Mesmo já tendo alguns compromissos no cinema, Roberto quer fazer produções de tevê. Gostaria muito de continuar. Meu contrato vai até o final da trama, mas quero prolongar, avisa.

Giovanna Antonelli exibe com um sorriso largo a satisfação que está sentindo com sua atual personagem, a liberada Dora, em “Viver a Vida”, da Globo. Mas felicidade não é mesmo uma coisa feita para ser escondida. Passaram-se dez anos desde que Giovanna trabalhou com Manoel Carlos na trama que destacou a atriz na carreira dramatúrgica. Em “Laços de Família”, ela roubou a cena ao viver a prostituta de classe média Capitu.

O catarinense Dener Pacheco pode ser considerado um cara de sorte. Depois de fazer testes para interpretar o caricato Cássio de Caras & Bocas, o ator, de 25 anos, mal teve tempo para se entristecer por não ter sido aprovado. É que, poucos meses após a estreia da trama de Walcyr Carrasco na Globo, Dener foi chamado para encarnar outro papel, o descolado e endinheirado Renan. Entrar no projeto com o bonde andando, como brinca, não chegou a ser um problema. Isso porque ele fazia questão de acompanhar o folhetim pela tevê. Até por curiosidade, eu queria saber como o Cássio era e de que forma estava sendo trabalhado. No final, isso me facilitou, porque sabia a função de cada personagem na história e pude construir melhor a relação do Renan com eles, avalia.
Atuar é uma constante na vida do rapaz há 11 anos. Desde os 14, quando se mudou sozinho para São Paulo, dedicou-se aos estudos e ao trabalho no Teatro. Mas, de origem humilde, precisou fazer uns bicos em outras áreas para conseguir realizar o sonho. Tanto que, na mesma época, chegou a trabalhar em inúmeras funções, incluindo ser garçom e até vendedor de produtos de limpeza para escritórios. Eu ganhava muito mal, mas era o que conseguia por ser tão novo. Depois, quando achei que ia melhorar, perto dos 16, ninguém queria me contratar por conta do alistamento militar, recorda.


Apesar da pouca idade, Dener já conquistou um currículo de fazer inveja em vários colegas. O papel de destaque em Caras & Bocas veio depois de uma pequena participação em Sete Pecados. E interrompeu um dos projetos do qual o ator mais se orgulha: a segunda temporada do espetáculo A Saga, que escreveu sozinho. E montou com a ajuda de alguns colegas em São Paulo. Como eu não consegui patrocínio, tive de recorrer ao que chamo de amigocínio, diverte-se, lembrando da fase das vacas magras. Um que era fotógrafo fez as fotos, outro pegava as roupas e perucas emprestadas com colegas e em brechós, e eu paguei o teatro do meu bolso, resume.




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